terça-feira, 22 de maio de 2012

Avaliação na Fisioterapia

A terapeuta C. acha que esta é uma boa altura para avaliar o desenvolvimento motor da Maria e por isso estamos a realizar testes nesse sentido. Até agora já percebemos que há capacidades muito bem desenvolvidas mas outras, especialmente ao nível do lado esquerdo, onde temos que trabalhar mais. No final do teste teremos uma percentagem de capacidades adquiridas e sabermos onde estão as grandes dificuldades, permitindo assim direccionar esforços para estas áreas.

Também na APPACDM de Castelo Branco fizemos uma avaliação.  Desta avaliação resultaram várias situações das quais destaco a dificuldade em levantar sem apoio sem esticar as pernas. Neste momento a Princesa já caminha por largos minutos sozinha, passando de uma divisão para as outras sem dificuldade, com um sentido de orientação muito bom. O problema é quando cai e não tem nada para se apoiar e levantar. Nessa situação  não se consegue levantar e acaba por ir a arrastar-se.

Além dos que já fazemos diariamente há muito tempo, a terapeuta V. ensinou-nos outros exercícios e deu-nos dicas de actividades. Tudo para conseguirmos manter um bom ritmo de aprendizagem sem ir à terapia. Na verdade, a Maria tem agora uma necessidade maior de Terapia Ocupacional e uma grande diferença em termos de horas semanais, por isso aqui tivemos que abdicar da fisioterapia. O ideal seria sempre fazer as duas terapias mas, por muito que me custe, não há dinheiro para isso. Resumindo, tivemos alta da terapeuta V. mas daqui a um mês, se se justificar, faremos nova avaliação.

Assim sendo, numa semana normal ficamos com três sessões de fisioterapia e três sessões de terapia ocupacional, distribuídas por APCC, APPACDM CASTELO BRANCO e CHCB.

Consulta de Pediatria

A pediatra da Maria não a via desde ultima consulta, em Novembro do ano passado. Ficou impressionada com o desenvolvimento da Princesa e finalmente "deu o braço a torcer". Recordo que esta foi a médica que nos disse que não valia a pena intensificar as terapias, que não havia nenhuma razão para a mãe ficar em casa com a bebé, disse que não valia a pena esperar-mos muito, que a nossa menina podia nem sequer caminhar. Desta vez já ouviu as nossas queixas e percebeu porque é que procurámos sempre insistir nas terapias.  Reconheceu que por vezes as entidades não se importam com cada um dos casos e acabam por generalizar, sem atender a situações mais emergentes que tanto sofrimento causam aos pais. Mesmo com alguns atritos habituais nesta consulta, disse-nos que, segundo a RM, é muito provável que a área de maior dificuldade para a Maria seja a linguagem verbal ( o que só me deixa mais certa do que escrevi aqui)

Ficamos a aguardar pela consulta de neurologia no Hospital Pediátrico de Coimbra onde veremos finalmente a RM bem analisada e será dado seguimento ao processo com atendimento também nas consultas de genética.

Avaliação da Terapia da Fala

Ao contrário daquilo que eu esperava, e segundo a terapeuta da fala do CHCB, a Maria não precisa de terapia da fala. Mas essa não é uma resposta que me agrade e signifique que ela não tem atraso no desenvolvimento da linguagem. É uma resposta de quem acha que é normal uma criança praticamente parar de aprender palavras. Disse-me que isso é muito frequente nas crianças desta idade. Ao que eu respondi: Sim eu sei. Mas isso só é normal em crianças "normais". Será que uma criança que diz cerca de 10 palavras com quase dois anos, que tem paralisia cerebral e microcefalia não tem, a priori, atraso no desenvolvimento da fala?? Depois esta terapeuta disse que é quase certo que ela precisa de terapia, mas que é melhor esperar. Mas É MELHOR ESPERAR PARA QUÊ? Vamos deixar que o potencial de aprendizagem diminua para quê?? Não sei se é de mim, se os outros pais também se sentem assim, mas isto de acharem que "não vale a pena" deixa-me os cabelos em pé. Ás vezes sinto-me capaz de partir para a ofensa.

Na APCC, a Maria também já está indicada para avaliação da fala mas parece que as vagas são mais raras que as notas na minha carteira e provavelmente essa avaliação só chega em 2013. Parece-me completamente desajustado das necessidades reais.

Depois de tudo isto chegamos a uma conclusão: vamos fazer nova avaliação com outros terapeutas e decidir qual o melhor caminho. Claro que isto ficará por nossa conta, e uma vez mais teremos que pagar para compensar a incompetência da tanta gente que anda por aí.

No que respeita a outras formas de comunicação, estou um pouco mais descansada. A Maria entende tudo o que lhe dizemos, é capaz de apontar objectos e pessoas, e é muito expressiva a nível gestual. Segundo o terapeuta F. este último item é um excelente indicador.

Últimas semanas

Nas ultimas semanas não tive vontade de escrever aqui no blog. A cabeça ocupada com mil e uma coisas, a organização da casa, da vida familiar, das finanças, a procura de emprego...enfim, muitas dores de cabeça mas também muito entusiasmo por conseguir mudar um pouco as nossas vidas. Quem também ganhou com isso foi a nossa Princesa, que ficou com mais tempo livre para fazer malandrices e brincar da forma que mais gosta: desarrumar tudo aquilo a que deitar a mão.

Depois de ter tirado o gesso, e de uma semana muito trapalhona logo de seguida, a Maria recuperou a vontade de caminhar e tem vindo a melhor muito ao nível do equilíbrio e do controlo do tronco. Continuamos com as terapias habituais apesar de um abrandamento na TO devido a vários imprevistos.

Na passada semana a Princesa esteve doente devido a uma virose e passámos por alguns maus momentos. Muita tosse e febres altas. Neste momento esta ainda medicada mas muito melhor. Só ainda não recuperou o apetite.

Entretanto tivemos consulta na pediatra, fizemos nova avaliação na Terapia da Fala, avaliação do desenvolvimento motor e balanço do desenvolvimento cognitivo. Mas sobre isso vou falar noutros posts.

Um passeio pela serra