sexta-feira, 16 de março de 2012

Terapia do movimento pela restrição

Após alguma pesquisa sobre este método e também por sugestão de algumas das fisioterapeutas da Maria, decidi levar mais a sério a técnica e tentar uma nova abordagem. Até ao dia de hoje o que fazia era basicamente segurar a mão não afectada e "obrigar" a Maria a trabalhar só com a esquerda. Ela refilava e fazia birra, acabando por soltar a mão.

Hoje experimentamos prender mesmo o braço de forma a impedir o movimento de todo o membro e não apenas da mão. Já estava preparada para uma grande choradeira mas surpresa das surpresas... nem uma lágrima. Comecei por trabalhar com uns encaixes de que ela gosta muito e depois experimentei outras coisas e correu muitíssimo bem. Sempre a trabalhar com a mão esquerda, bem disposta e muito colaborante. Foi apenas uma experiência pois não estava bem presa nem com o material mais adequado mas para primeiros 15 minutinhos foi fantástico.



Um pouco mais sobre a técnica:


"A paralisia cerebral do tipo hemiplegia espástica pode acarretar prejuízos em estruturas e funções músculo-esqueléticas do corpo e limitar o desempenho da criança em atividades e tarefas nos ambientes domiciliar, escolar e comunitário. As disfunções da extremidade superior decorrentes de lesão ou má-formação cerebral podem comprometer o uso da extremidade afetada nas tarefas diárias, a bimanualidade e a funcionalidade da criança."

"Diversas abordagens vêm sendo desenvolvidas para essa população, dentre elas, a terapia de movimento induzido por restrição ( também chamada terapia do movimento pela restrição). Essa técnica envolve a restrição da extremidade superior não afetada, combinada com programa de treinamento intensivo da extremidade afetada e uso de estratégias comportamentais(..)"


Fonte: http://terapiaocupacionaleparalisiacerebral.blogspot.com/2012/01/efeitos-da-terapia-de-movimento.html