sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Estimulação Precoce - o meu dilema

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- 13 Março 2011

O estímulo que o bebé recebe constitui a base do seu desenvolvimento futuro.
O estímulo precoce, como o próprio nome indica, tem como objectivo desenvolver e potenciar, através de jogos, exercícios, técnicas, actividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebé, beneficiando o seu lado intelectual, físico e a sua afectividade. Um bebé bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa. Todos sabemos que os bebés nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.
Ao contrário dos animais, os seres humanos são muito dependentes dos pais desde que nascem. Demoram mais tempo a aprender a caminhar e dominar o seu ambiente. Tudo depende da aprendizagem que têm. Apesar da sua capacidade estar limitada pela aprendizagem, as suas habilidades estão relacionadas com a sobrevivência. Senão aprender, o ser humano converte-se num ser indefeso, só e exposto a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprender, o seu cérebro adaptável, premitir-lhe-à crescer e sobreviver diante das situações mais adversas.
A estimulação precoce o que faz é unir esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e fazer com que os bebés saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebé, está-se a abrir um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor. http://psicdesenv.webnode.com.pt/temas/desenvolvimento
Segundo os especialistas, o cerebro apresenta o seu maior desenvolvimento enquanto as fontanelas estão abertas ( por volta dos 2 anos). No caso da Maria elas podem fechar mais cedo. Todos os dias peço para que isso não aconteça e a minha princesa tenha mais dias de oportunidade para se desenvolver. Nesta altura é preciso estimular ao máximo, ensinar-lhe coisas, mostrar-lhe coisas, conversar com ela, cantar, enfim brincar muito. E é mesmo isso que me deixa preocupada. Enquanto estava em casa com ela fazia sempre o máximo a cada dia mas agora é tudo muito mais complicado. Desde que voltei ao trabalho deixei de ter tempo para a estimular como deveria ser. E sinto-me mal com isso. Chego a casa exausta e estou com ela tão pouco tempo a cada dia que começo a sentir-me uma má mãe.
E é este o meu dilema: preciso muito de trabalhar para lhe poder dar o apoio médico que ela precisa e precisará durante muitos anos mas ao mesmo tempo sinto que estou a desperdiçar tempo para a estimular. E é tempo irrecuperável. 3 Horas por dia (e nem todos) e algumas mais no único dia de folga da semana é pouco para estar com a minha princesa. E chego a casa tão cansada, com tantas preocupações e tantas tarefas para fazer que muitos dias nem essas horinhas existem mesmo.
Acho que os pais com filhos com este tipo de problemas deveriam ser apoiados para passarem mais tempo a cuidar deles. O que acham os pais que estão nesta situação?
Sonhei fazer uma carreira na minha área, ter sucesso, e hoje, face ao papel de mãe, tudo o que quero é ajudar a minha estrela, a minha luz. A propósito, hoje a minha princesa faz 7 mesinhos.
Estou a tentar fazer uma pesquisa de actividades que se podem fazer para estimular precocemente um bébe com microcefalia. Quando poder publico. Quando tiver tempo.